segunda-feira, 23 de maio de 2011

Já?

Já faz 5 horas.
Já faz 5 meses.
Já faz 5 anos.

O tempo passa muito rápido, e cada vez mais rápido.
Hoje, segunda-feira a noite, já estou com o pé no fim de semana. No meio de maio, já estou com o pé nas férias acadêmicas.

Quando eu olho pra trás é difícil não lembrar de como eu me sentia há 5 anos, ou a 5 meses.
Acabei de ler o que eu sentia há 3 meses e lembro perfeitamente de como era forte. Ainda é forte? Ainda é mútuo? Ainda é?

Mais difícil que olhar pra trás é erguer a cabeça e olhar pra frente. O medo do que eu não conheço, o medo de perder, ou talvez até o medo de ganhar.
Ganhar demais, ganhar muito amor, ganhar muita dor, ganhar muitos anos.

Porém, perder demais, perder muita gente, perder muito de mim, perder muito tempo. E perder você.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Nosso fim já chegou 1, 2, 3 vezes. E nunca foi um fim de verdade.
Sempre tinha o dia seguinte, o último beijo e o último abraço. Dez últimos beijos e dez últimos abraços.
Foram tantos finais que dessa vez ainda não parece que é verdade.

Dessa vez é verdade.
Eu não tive outro fim hoje, não vou ter amanhã e nem depois.
A sensação de vazio é tão estranha que não parece real. A saudade de um dia sem ter você é tão grande que parece que a qualquer momento você vai vir correndo me ver. Mas não, dessa vez não.

Talvez assim seja melhor.
Talvez fosse isso que o destino tinha reservado para nós.
Com certeza esse é o caminho mais fácil, com menos sofrimento para os dois. Ou até para os três.
A distância, a falta de contato e a falta de tempo livre vai cuidar de nos separar aos poucos até que eu não passe de boas lembranças.

Sempre tive medo de dizer, mas agora tanto faz.
Eu me entreguei, me apaixonei e nunca tive você pra mim.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

É muito!

É muita coisa ao mesmo tempo.
São muitos sentimentos, muitos pensamentos, muitos planos, muita esperança, muita vontade, muita dúvida, muito medo. É uma montanha-russa longa de mais para tão pouco cérebro, tão pouco corpo e tanto coração.

Por algumas vezes eu achei que tivesse perdido o controle da situação, até que eu percebi que eu nunca tive controle de nada em que ele esteja envolvido. As coisas vão simplesmente acontecendo (e se atropelando) antes mesmo que eu consiga entender o que acabou de passar.
Não dá tempo de sofrer.

Uma vez ouvi dizer que pior do que se entregar loucamente à uma paixão, pior do que sofrer arduamente e pior do que se sentir um trapo, é não sentir nada.

Mesmo que nem eu mesma saiba dizer o que, graças a ele hoje eu sinto.
Sinto vontade de me entregar loucamente na mesma proporção em que sinto medo. Vontade de não desistir até a última batalha na mesma medida em que sei que a guerra já está perdida.

Talvez, no meu egoísmo mais profundo, minha decepção maior não seja perder o prêmio, mas perder o orgulho, me dar por vencida.
Fere o ego saber que eu não sou a mais querida, a mais desejada, a mais importante, a dona dos pensamentos. Logo eu, acostumada com flores e tapetes vermelhos.

Cada minuto com ele se tem se tornado mais valioso. A razão manda nos afastarmos aos poucos, pra doer menos depois, mas nossos corpos estão completamente incapacitados de obedecer e, claro, são mais fortes.

No meio desse turbilhão de tudo acontecendo ao mesmo tempo, a unica coisa que me resta fazer é parar de mentir pra mim mesma.

É muito, e tudo ao mesmo tempo.









sábado, 27 de novembro de 2010

Achei!

Existem poucas situações na minha vida em que eu não sei MESMO como eu devo agir. Quando eu penso nele eu me vejo em uma delas.

"E no meio de tanta gente eu encontrei você
Entre tanta gente chata e sem nenhuma graça..."

Eu preciso de uma segunda chance. Nós precisamos resolver o que ficou para depois.

Com ele não tem jogo, eu não faço charme, não falo, não demonstro. Eu só espero.
Com ele eu quero tudo certinho, como tem que ser. Mas para isso eu espero.
Eu quero gritar para o mundo, sair correndo e me jogar em seus braços. Mas eu só espero.
Mais do que como meu homem, eu o quero como um amigo. Quero do meu lado me fazendo rir, quero poder ligar a hora que bem entender, quero ve-lo mais que uma vez por ano. Enquanto não puder ser assim, eu vou estar aqui, esperando.

Meu orgulho nunca permitiria que eu fizesse tamanha declaração de amor, se não fosse por ele. Mas os sentimentos que ele provoca em mim são assim, não seguem padrão, são diferentes de qualquer outra coisa que eu já senti por alguém.
A maior prova disso é minha paciência.
E eu fico aqui, esperando.






quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Prazer, Renata.

Acho que era disso que eu estava precisando. Escrever.
Escrever mesmo que ninguém vá ler. Só para desabafar. Só para registrar meus pensamentos e daqui a meses, anos talvez, ler e conseguir lembrar exatamente o que eu sinto agora.

Uma vez ouvi dizer que pior do que se entregar loucamente à uma paixão, pior do que sofrer arduamente e pior do que se sentir um trapo, é não sentir nada.
Prazer, Renata.

Eu desenvolvi a capacidade de me desapegar. Me desapeguei de muitas coisas e, pior do que isso, de muitas pessoas. Meus amigos agora se contam em uma mão, as pessoas que eu consigo suportar se contam em duas.
A mudança foi brusca e rápida. Culpa de um ou dois acontecimentos, talvez. Foi grande o suficiente para fazer com que nada mais me atinja. Nenhuma briga, nenhum beijo, nenhum elogio, nenhum insulto. Como se eu fosse um fantasma, as coisas passam através de mim, ou, como seu eu fosse um muro feito de pedra, elas batem em mim e caem ao chão, sem deixar nenhuma marca.
Eu me tornei tudo que eu sempre condenei. Fria, inabalável, fechada.

Também já ouvi dizer que quem expões seus sentimentos para o mundo se mostra fraco.
Talvez há um ano atrás eu achasse isso incoerente. Hoje, mais madura e um pouco pisoteada pela vida, é impossível não concordar.
O sorriso sempre no rosto, a fachada impecável e o muro perfeitamente de pé. Mesmo que por trás dele eu me encontre em ruínas.

Meu nome é Renata, e o prazer é todo seu.

sábado, 8 de maio de 2010

Destino

Quando o destino está traçado não há nada que se possa fazer.
Não adianta tentar lutar contra ele ou tentar acelerar as coisas.

Nem pense em dizer que foi mera coincidência, não foi. Foi ele, o destino.
Ele arrumou tudo, planejou cada detalhe e lá está você, a mercê de linhas que já estão escritas e não há borracha que apague.
Só cabe a você então, fazer suas escolhas.

Ele pode até não ser sempre bom, mas ele é sempre justo.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Tirando da gaveta

Nossa! Eu tenho um blog!

Eu tinha esquecido de como é bom escrever e principalmente de como é gostoso ler as coisas que eu escrevi pra mim mesma há um tempo atrás.
Engraçado como hoje, lendo algumas coisas que eu tinha esquecido que escrevi, eu percebo que mesmo depois de muita coisa ter mudado, mesmo depois de muita tempestade e depois de muitas decepções alguns sentimentos simplesmente não mudam.

Lendo as postagens antigas me dá vontade de jogar tudo pro alto e tentar de novo. Até que meu orgulho entra na balança.
Vale a pena?
Acho que por maior que seja o carinho, o medo de deixar o orgulho de lado e tomar uma (mais uma) na cara toma conta de mim. Eu já passei por isso uma vez, não preciso de outra.

Então acho que minha melhor opção é tirar o blog da gaveta e continuar escrevendo pra mim. Eu falo, ele não sabe, eu alivio as tensões e tudo continua do jeito que está.
Como já dizia Georgina "I don't need anyone in my life who doesn't wanna be there."