sábado, 27 de novembro de 2010

Achei!

Existem poucas situações na minha vida em que eu não sei MESMO como eu devo agir. Quando eu penso nele eu me vejo em uma delas.

"E no meio de tanta gente eu encontrei você
Entre tanta gente chata e sem nenhuma graça..."

Eu preciso de uma segunda chance. Nós precisamos resolver o que ficou para depois.

Com ele não tem jogo, eu não faço charme, não falo, não demonstro. Eu só espero.
Com ele eu quero tudo certinho, como tem que ser. Mas para isso eu espero.
Eu quero gritar para o mundo, sair correndo e me jogar em seus braços. Mas eu só espero.
Mais do que como meu homem, eu o quero como um amigo. Quero do meu lado me fazendo rir, quero poder ligar a hora que bem entender, quero ve-lo mais que uma vez por ano. Enquanto não puder ser assim, eu vou estar aqui, esperando.

Meu orgulho nunca permitiria que eu fizesse tamanha declaração de amor, se não fosse por ele. Mas os sentimentos que ele provoca em mim são assim, não seguem padrão, são diferentes de qualquer outra coisa que eu já senti por alguém.
A maior prova disso é minha paciência.
E eu fico aqui, esperando.






quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Prazer, Renata.

Acho que era disso que eu estava precisando. Escrever.
Escrever mesmo que ninguém vá ler. Só para desabafar. Só para registrar meus pensamentos e daqui a meses, anos talvez, ler e conseguir lembrar exatamente o que eu sinto agora.

Uma vez ouvi dizer que pior do que se entregar loucamente à uma paixão, pior do que sofrer arduamente e pior do que se sentir um trapo, é não sentir nada.
Prazer, Renata.

Eu desenvolvi a capacidade de me desapegar. Me desapeguei de muitas coisas e, pior do que isso, de muitas pessoas. Meus amigos agora se contam em uma mão, as pessoas que eu consigo suportar se contam em duas.
A mudança foi brusca e rápida. Culpa de um ou dois acontecimentos, talvez. Foi grande o suficiente para fazer com que nada mais me atinja. Nenhuma briga, nenhum beijo, nenhum elogio, nenhum insulto. Como se eu fosse um fantasma, as coisas passam através de mim, ou, como seu eu fosse um muro feito de pedra, elas batem em mim e caem ao chão, sem deixar nenhuma marca.
Eu me tornei tudo que eu sempre condenei. Fria, inabalável, fechada.

Também já ouvi dizer que quem expões seus sentimentos para o mundo se mostra fraco.
Talvez há um ano atrás eu achasse isso incoerente. Hoje, mais madura e um pouco pisoteada pela vida, é impossível não concordar.
O sorriso sempre no rosto, a fachada impecável e o muro perfeitamente de pé. Mesmo que por trás dele eu me encontre em ruínas.

Meu nome é Renata, e o prazer é todo seu.